Sonhos nunca se realizam.

Deixe tudo que acredita na porta porque aqui isso tudo não irá significar nada!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Meio termo.

"Existem dois tipos de garotas: Aquelas que sonham em viver um grande amor e aquelas que sabem que isso não acontece na verdade. Uma vez eu conheci uma garota, ela vivia no meio termo. Ela não se encaixava no primeiro termo, nem no segundo. Mas nos dois. Era evidente o quanto ela sonhava em viver um grande amor, mas também evidente de que ela não acreditava que isso iria acontecer. E ela vivia assim, no meio termo. Nem rosa nem preto, azul. Nem all star nem salto alto, sapatilha. Nem vestido de calça jenas, saia de cintura alta. Ela não sonhava em conhecer um príncipe encantado, pois tinha certeza que isso não iria acontecer, mas mesmo assim esperava todo dia o relógio dar meia noite e fazer um desejo para uma estrela. Quando era criança já tentou fazer balé, e se apaixonou por um garoto da classe dela. Ele era perfeito. Até que ela cresceu mais e descobriu que garotos também gostavam de garotos. O fim é evidente. Apesar de tudo que acontecia na vida dela, ela continuava sorridente. Até que um dia no primeiro dia da faculdade viu o garoto mais linda que já havia visto em sua vida. Ao menos naquele momento. Seu coração de 0 foi para 1000. Ele era o único em quem ela pensava. Algo dentro dela falava baixinho: Você sabe que ele não é o príncipe, mas ela tentava ignorar isso. Ela começou a fantasiar com o dia do casamento, com os filhos, com as férias de verão. Ahh, quão maravilhosa seriam suas vidas. Até que um dia ela o viu beijando uma menina... Pode-se dizer que seu mundo caiu. E aquela parte dela suspirava: Você já sabia. Enquanto a outra pedia que ela se calasse, pois precisava de um tempo. Ela chorou, sangrou. E resolveu então exterminar aquela parte que ainda acreditava em contos de fadas. Ela chorou, tentou, chorou e chorou. Até que finalmente conseguiu: Ela havia deixado para trás tudo aquilo. Passou-se algum tempo aquele menino lindo veio falar com ela. Sem muita animação começaram um diálogo. Coisas do tipo: 'tudo bem?' 'tudo e com você?' 'tudo!'. Logo ficaram grandes amigos. De amigos amigos viraram confidentes. Até que um dia num momento rápido e eternizado ele a beijou. Aquele beijou doce. E aquela parte esquecida dela quis acordar. E então ele pediu tudo que ela sempre quis: namorar. Mas foi um não que saiu dela. Aquela parte adormecida já havia se machucado demais. E a outra parte não acreditava em nenhuma daquelas palavras. Voltaram a ser amigos. E assim ficaram. E foi assim por toda a sua vida. Ele realmente a amava. Tanto que um certo dia ela ia sendo atropelada e ele se jogou em sua frente. Naquele momento ela percebeu: sim, aquilo era amor. E aquela parte finalmente foi cicatrizada. Mas já era tarde demais, ele havia dado sua vida para ela. E ela continuou como estava, mas desta vez com as lembranças dele. Ela havia vivido um grande amor, mas ela foi tola o bastante para não dar valor.
Uma moral? Por mais que o amor lhe faça mal, nunca o deixe de lado. Porque no fim das contas, príncipes existem, só basta você querer ou não ser a princeza deles."

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial